Uma demanda explosiva por soluções mais inteligentes e econômicas de conectividade se aproxima. Um estudo da IDC mostra que o mercado de infraestrutura SD-WAN deve alcançar incríveis US$ 4,5 bilhões até 2022. As Software-Defined Wide Area Network (rede definida por software em área ampla, em tradução livre) vão crescer em média mais de 40% ao ano - um dos segmentos que evolui mais rápido no mundo da tecnologia.
Muito embora o mercado brasileiro tenha muito a desenvolver, esse crescimento, mesmo por aqui, não é por acaso: nossa exigência por conectividade a qualquer hora e local cresce ano a ano, e encontrar formas mais eficientes e baratas de fornecê-la é uma necessidade para a maioria das organizações. Cloud computing, mobilidade, Big Data e Analytics, entre outras tecnologias, dependem disso.
Boa parte das vezes, no entanto, as companhias pouco se atentam para algumas importantes adequações que SD-WAN demanda sobre a segurança da informação. Trata-se de uma premissa básica, que deve abarcar, inclusive, questões sobre: como garantir o acesso seguro à internet em uma arquitetura de conectividade descentralizada; conciliar aplicações em nuvem com as políticas de segurança de rede pré-estabelecidas; integrar e gerir plataformas legadas de segurança; plano de ação em caso de ataques; como evitar roubo de informações por funcionários, como proteger equipamentos; se a segurança vai ser pensada além do perímetro da rede ou não.
Como fazer a implementação garantindo não só o desempenho das aplicações, mas também a proteção de um ambiente muito mais exposto à rede pública e, portanto, a ataques do “mundo externo” à rede privada? Não existe resposta genérica pois a implantação de uma rede definida por software em área ampla depende do momento de transformação digital de cada cliente. Ele pode estar voltado para a nuvem, redes híbridas ou conectividade web pura e simples: de acordo com o momento em que estiver, saberemos por qual caminho seguir.
Certamente, um projeto de SD-WAN vai demandar uma revisão da arquitetura de segurança de uma organização, talvez mudando alguns paradigmas, como a necessidade de centralizar "gateways" da rede privada com a internet. A arquitetura SD-WAN é distribuída, o que reduz custos e aumenta tanto a eficiência da rede quanto a segurança, pois permite proteção do perímetro da infraestrutura graças ao gerenciamento centralizado das políticas de segurança. Essas mudanças não são uma má notícia - muito pelo contrário. Representam uma nova fase da infraestrutura de TI - mais veloz, flexível e segura.
Com quase 20 anos na Orange Business, Felipe Stutz é o diretor de soluções para a América Latina, gerenciando e desenvolvendo todo o portfólio de soluções da empresa na região. Ao longo dos anos, Felipe ocupou diversos cargos em desenvolvimento comercial, pré-vendas e operações e tem atuado em atividades de vendas com foco em inovação e criação de valor para os clientes e no desenvolvimento de estratégias e soluções de negócios.