Com todas essas transformações, vejo como fundamental uma revisão sobre essas tendências, que serão essenciais para o ambiente de trabalho em 2021, e como elas se fundem com o mundo empresarial que está mudando em um ritmo cada vez mais rápido.
Colaboração
A maneira como trabalhamos mudou. Segundo uma pesquisa do Gartner a qual tive acesso, 48% dos colaboradores provavelmente continuarão desempenhando suas funções remotamente após a pandemia.
Colaboradores, clientes, fornecedores e parceiros de negócios estão se conectando de forma remota em todo o mundo, quando desejam, de qualquer dispositivo. Este ano, mais do que nunca, as empresas têm que implementar e consolidar ferramentas que facilitem a gestão de tarefas. Devem oferecer soluções de comunicações unificadas sob medida para o negócio, que proporcionem flexibilidade e autonomia nos processos, e que por sua vez eliminem riscos e aumentem a segurança.
A integração de ferramentas, com hubs e dispositivos operacionais em um só lugar, vai melhorar a gestão dos espaços de trabalho digitais, incluindo os aspectos sociais. Hoje, você pode projetar espaços atraentes e flexíveis.
SDN para conectividade empresarial
Até 2022, o mercado SDN deverá crescer e atingir um investimento de US$ 132,9 bilhões, de acordo com os números da Allied Market Research. Este conceito, que se soma às tecnologias de virtualização de funções de rede e WAN (SD-WAN) definida por software, permite maior eficiência no uso de recursos, agilidade e flexibilidade para fornecer conectividade, com melhor controle do desempenho da aplicação e políticas de segurança.
Com esta evolução da rede, o processo de gerenciamento e, até mesmo as questões operacionais, tornam-se mais simples. Um bom exemplo é a vulnerabilidade da informação, que sempre foi um fator crítico e se torna ainda mais importante com o aumento do número de dispositivos conectados e a necessidade de proteger todo o volume de dados armazenados.
Na prática, o SDN é um capacitador de novas tecnologias e pode ajudar a focar nas questões que impulsionam a transformação.
Multicloud
As empresas melhoraram a resiliência durante a pandemia, utilizando mais sistemas baseados em nuvem. A IDC estima que os gastos com hardware baseado em nuvem aumentaram 10,4% em 2020, em comparação com uma redução de 16,4% nos gastos com infraestrutura de TI tradicional.
Até o final de 2021, a maioria das organizações terá um mecanismo para acelerar a infraestrutura digital centrada nas nuvens. A adoção rápida criou o desafio de gerenciar eficazmente múltiplas implantações de nuvem quando o desempenho deve ser assegurado, monitorado e pago. As empresas precisam garantir que os serviços funcionem de forma rigorosa, que os SLAs sejam robustos e que os custos não fiquem fora de controle.
Edge computing
É uma nova etapa na evolução da computação em nuvem, que envolve a movimentação do armazenamento e o processamento de dados remotos de servidores distantes para a ponta da rede. Assim, estas não passam mais sistematicamente pela nuvem, mas são processadas localmente, perto das pessoas ou máquinas que as produzem e/ou consomem.
Esta tecnologia será protagonista na corrida para atender às novas exigências dos consumidores e das empresas em matéria de baixa latência e integrações de alta velocidade. De acordo com os números do Gartner e do IDATE, já existem entre 30 e 80 bilhões de objetos conectados.
O surgimento da Edge Computing está intimamente relacionado com a implantação da 5G, que fornece uma Internet móvel dez vezes mais rápida com latência de cerca de um milissegundo, bem como uma banda maior.
MSI, ponto único de contato, gerenciamento e controle
Isso tudo pode ser alcançado por meio da Integração de Serviços Multisourcing ou MSI. Ou seja, a unificação de todos os serviços de uma empresa em uma única governança, utilizando processos e recursos integrados de gerenciamento de TI.
Com a MSI, toda a administração está focada em um único fornecedor que é responsável por qualquer incidente relacionado à TI. Isto evita os conflitos e problemas de comunicação causados pelo manuseio isolado das tarefas, em que várias empresas são responsáveis pelas diversas interfaces tecnológicas.
Além disso, esta gestão unificada administra todos os contratos, facilitando a sinergia e promovendo o pleno funcionamento de todas as ferramentas e, por sua vez, reúne todas as soluções das empresas contratadas pelo cliente. É como uma orquestra: os fornecedores são os instrumentos com seus diferentes tons, e a MSI entra em cena como maestro, com a responsabilidade de fazer tudo funcionar em sincronia.
Neste momento, é importante um olhar analítico para o desenvolvimento dessas tendências no meio empresarial e atenção às mudanças significativas que podem ocorrer ao longo do tempo, além das adaptações necessárias. A partir disso, será possível vislumbrar, de maneira mais concreta, como esses investimentos em infraestrutura digital são capazes de melhorar os serviços e a eficiência dentro das empresas e qual deve ser a projeção desse cenário para um período pós-pandêmico.
Diretor de soluções para a América Latina da Orange Business